Cães podem estender a pata para vítimas de crimes
Projeto de perita da Polícia Civil do DF propõe que cães terapeutas levem conforto a vítimas de crimes na hora da composição do retrato falado. Se aprovado, os testes começam no próximo mês!
Eles são divertidos, amorosos e companheiros. Características que ajudam a superar medo e ansiedade. Pensando nisso, a papiloscopista Vanessa Spagnolo apresentou um projeto-piloto à Direção Geral da Polícia Civil do DF, que deve levar mais conforto às vítimas de crimes que precisam de atendimento no o Instituto de Identificação da PCDF.
Vanessa, que é formada em veterinária, sugeriu que cachorros da ONG Pet Amigo, onde é voluntária, estejam presentes nas entrevistas de descrição dos criminosos para elaboração do retrato falado.
“A ideia surgiu por causa do amor que tenho pelos cachorros. Pensei nos benefícios que a interação entre eles e as vítimas pode trazer para o momento de elaboração do retrato falado”, explica a papiloscopista. Se aprovado, o projeto começará a ser implantado no mês que vem. Em um primeiro momento, haverá um período de testes.
A primeira “agente” a participar do programa será a cadela Biluca, que tem 3 anos e mora dentro da 26ª Delegacia de Polícia (DP), em Samambaia, desde que foi adotada pela equipe de policiais civis lotada ali. A cachorrinha foi escolhida pela própria Vanessa, que sempre a via na DP nos dias de plantão e perícias, e identificou nela o potencial para a iniciativa. Para isso, Biluca foi incluída na PET Amigo.
Além dela, a ONG levou à apresentação outros animais que atuam em iniciativas semelhantes. Uma delas foi a cadela Paola, uma miniatura da raça Schnauzer, que já atua em hospitais. “Nós vamos muito à ala de câncer dos hospitais. A Paola sempre fica ao lado do paciente, dando força, e isso é muito gratificante”, relata a tutora, Valéria Carvalho.
Terapia assistida
Fundada em março deste ano, a PET Amigo desenvolve a “Terapia assistida por animais”, mais conhecida como “Pet Terapia”. Por meio dela, os voluntários fazem visitas regulares a asilos e hospitais com seus cães, que são selecionados e treinados para interagir com pessoas em tratamento de saúde.
Nayara Brea, fundadora da ONG, explica que o grupo “busca levar, de alguma forma, a felicidade para o paciente – e o cachorro traz essa alegria”.
A diretora de Comunicação do Sinpol-DF, Celma Lima, acompanhou a apresentação do projeto, que ocorreu na sede do Instituto de Identificação (II).
“Trabalhei durante anos com retrato falado e sei das dificuldades que a vítima enfrenta para relatar o que passou e, principalmente, para descrever um rosto que ela quer esquecer. Por isso, vim trazer não só o apoio do Sindicato, como o meu, enquanto sindicalista e papiloscopista. Esta iniciativa tem e terá sempre todo o apoio do sindicato para acontecer”, assegura.
O presidente da Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp), Rodrigo Meneses – que também é secretário-geral-adjunto do Sinpol-DF – elogiou a iniciativa.
“Vanessa está de parabéns por apresentar esse projeto. Não é fácil “pensar fora da caixa” e trazer uma visão com pensamento na vítima. Isso é muito nobre e é motivo de orgulho para a categoria”, frisa Rodrigo.
Entre os colegas de Vanessa, a ideia também repercutiu de maneira positiva. “O projeto é excelente e vai ser de grande valia. Nós trabalhamos como psicológico das vítimas, e essa ferramenta, por assim dizer, vai facilitar muito mais o nosso trabalho”, comemora.
Fonte: Comunicação Sinpol-DF
Imagem de capa: Pixabay
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