Polícia precisa de denúncia para investigar caso de cachorro enterrado vivo
ATUALIZAÇÃO: O homem apontado como o responsável foi ouvido na terça-feira (15) pela Polícia Civil de Alagoas e o inquérito foi concluído e segue para a Justiça.
A Delegacia da Barra de São Miguel, no Litoral Sul de Alagoas, não recebeu até quarta-feira (9) nenhuma denúncia sobre o cachorro da raça rottweiller que foi enterrado vivo.
O agente de polícia Chesman Santos falou que por causa da falta de informações, o caso ainda não pode ser investigado pela delegacia.
“Ninguém veio aqui ou falou alguma coisa. Caso o delegado fique ciente disso, com certeza vai investigar. E nem precisa de denúncia só do dono do animal, pode ser qualquer uma”, afirmou o agente.
O cão, batizado de Dogão, está em estado grave e sob os cuidados do Projeto Acolher. A coordenadora da ONG, Naíne Teles explica que Dogão chegou com muitos ferimentos, o que indica que ele já era vítima de maus-tratos.
“Corre risco de vida, infelizmente. A gente está começando a cuidar dele agora. A alimentação vai ser reforçada, medicação com antibiótico, antiinflamatório, vitaminas, fisioterapia, tudo o que ele precisar e a gente conseguir dar a ele, a gente vai fazer”, disse.
Para os cuidados de Dogão, a ONG pede com urgência produtos para alimentação em grande quantidade, fraldas, lenços umidecidos, soro fisiológico, gases e entre outros produtos e medicamentos.
Os sintomas encontrados no rottweiller dão as suspeitas de que ele tenha uma doença degenerativa conhecida como cinomose em estágio muito avançado, além de uma displasia coxofemural, que é uma anormalidade das articulações.
Maus tratos – Moradores da região encontraram Dogão após ouvi-lo chorar, e o desenterraram. O local onde o fato foi registrado não foi especificado, e também não há informações sobre quem teria cometido o crime. O cão foi encontrado muito sujo de terra e deitado com uma corda amarrada a uma das patas.
A Lei de Crimes Ambientais prevê pena de detenção de 3 meses a 1 ano para quem maltratar animais, além de multa. Se o animal vier a falecer, a pena pode aumentar a 4 meses.
Contato: (82) 3272-1438