Chocolate: o vilão da Páscoa dos pets
Alimentos que agradam tutores oferecem risco à saúde dos animais de estimação
Momento de confraternização entre família e amigos, a Páscoa é especialmente marcada pela troca de guloseimas. O chocolate, protagonista da data, é um presente muito bem recebido, mas também um grande vilão, se ingerido por cães e gatos.
Produzido com cacau, o chocolate é rico em cafeína e teobromina, substância que não é metabolizada pelos pets e pode, inclusive, levá-los a óbito. As consequências da ingestão incluem ainda tremores musculares, distensão abdominal, vômitos, diarreia, hemorragia interna e ataque cardíaco. Tudo depende do tipo de chocolate, quantidade ingerida e características do pet. Os riscos são maiores para filhotes e cães idosos ou de pequeno porte, por exemplo.
“Não devemos arriscar oferecer nem mesmo uma quantidade pequena de chocolate branco, por exemplo, pois outros ingredientes e fatores adversos também podem prejudicar a saúde do cão ou gato”, explica o médico veterinário , Adolfo Sasaki.
A quantidade de teobromina varia conforme o tipo de chocolate. Cada 100 gramas de chocolate de culinária, aquele usado em bolos e ovos de Páscoa caseiros, contêm 1.365 miligramas de teobromina. Se um cão de 6 kg ingerir 35 gramas desse alimento, por exemplo, pode vir a óbito. O chocolate meio amargo possui uma concentração menor de teobromina (528 miligramas para 100 gramas de chocolate), o que faria com que a dose fatal para um cão com o mesmo peso seja de 110 gramas. Já para o chocolate ao leite, 350 gramas.
O chocolate branco contém pouco cacau, sendo o menos tóxico dos chocolates, mas também não deve ser oferecido, pois é rico em açúcar e gorduras, ingredientes que podem causar diarreia, problemas dentários, obesidade e serem fatais para cães diabéticos, por exemplo.
ATENÇÃO – “Também é preciso cuidado com outros alimentos comuns nessas celebrações”, completa Adolfo. Alho e cebola podem destruir os glóbulos vermelhos, causando falta de ar e até mesmo levando a óbito. Uva e uva passa também são famosas vilãs, pois o sistema urinário dos pets não consegue filtrar as substâncias tóxicas presentes na fruta. Peixes oferecem riscos devido às espinhas, já os temperos, pimentões e pimentas podem causar gastrite e úlceras.
Mas não é preciso deixar o melhor amigo longe das confraternizações da família: o mercado pet já oferece diversos petiscos produzidos com ingredientes seguros e nutritivos para os animais. São ovos de Páscoa, bombons, muffins, waffers e snacks variados.
Até mesmo os pets com problemas de sobrepeso ou alergias alimentares podem ganhar um agrado. Há opções de snacks light, ossinhos naturais e petiscos hipoalergênicos, produzidos sem sal, corantes ou conservantes.
Quem ama cuida, quem ama identifica, quem ama não oferece chocolate!
Fonte e imagens: CentralPress